domingo, 6 de julho de 2014

ORA ET LABORA e a Medalha de São Bento, a espiritualidade de São Bento e a Missão Lux et Pax

Se nós lermos a Regra de São Bento, teremos acesso a uma riqueza insondável que nos ajudará muito em nosso crescimento e busca espiritual. A todos os que fazem parte da Família Missão Lux et Pax é recomendável a leitura deste precioso testamento que o glorioso patriarca São Bento deixou a todos os seus filhos - primeiro os monges e monjas, depois a todos os seus devotos e discípulos. A espiritualidade da Missão Lux et Pax esta centralizado na espiritualidade beneditina, sobretudo, no Ora et Labora (Oração e Trabalho) e na Escalada da Humildade. Quem vive a espiritualidade Lux et Paz sabe que todo trabalho se inicia com a oração, se realiza com oração e termina com a oração. A Missão Lux et Pax é uma Obra de constante Oração e Trabalho e busca da santidade, com humildade.

Todos os missionários Lux et Pax utilizam a medalha de São Bento, isso porque nela esta a Cruz de Cristo e a palavra PAX (Paz). A Cruz de Cristo, loucura para muitos e terror dos demônios é aquilo que cada cristão prega, ela vai na frente para simbolizar que o Missionário Lux et Pax é seguidor de Jesus de Nazaré que morreu na Sagrada Cruz. A palavra Pax simboliza a saudação do Missionário Lux et Pax (cf. Mt 10, 12) e também aquilo que ele deseja que todos tenham, pois ele está repleto desta paz e quer partilhar com todos os que encontra em seu caminho.

São Bento, rogai por nós!

Elementos da Devoção da Divina Misericórdia

Estamos vivendo o Ano da Divina Misericórdia na Missão Lux et Pax (2014-2015). Para que possamos os auxiliar no conhecimento desta devoção trazemos neste mês os Elementos da Devoção à Divina Misericórdia. Boa leitura e que você possa proclamar depois, exercitando a sua fé: Bom Jesus, Eu confio em vós!

Formas de Devoção
Ao longo dos séculos, o Espírito Santo tem suscitado na vida da Igreja diversos modos de responder à vocação comum da santidade (cf. LG 40). Diversas vezes, homens e mulheres inspirados pelo Senhor se tornaram autênticos modelos de vida, e puseram em destaque um ou outro aspecto da vida e verdade cristãs, dando início a diversas escolas de espiritualidade (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2683ss). Em outras ocasiões, o povo de Deus de uma determinada região se sentiu impelido a expressar a sua fé através de gestos, palavras e símbolos que, com o passar do tempo, se tornaram uma marca registrada de sua história religiosa, alimentando o seu amor a Deus e aos irmãos. Isto sem falar no fato de que a Sagrada Liturgia, cujo centro é a Celebração Eucarística, desde os primórdios do cristianismo também foi assumindo contornos particulares nesta ou naquela região do mundo (rito bizantino, sírio, ambrosiano etc.), mantendo um núcleo comum, mas com elementos rituais bem diversificados.
Liturgia, espiritualidade e piedade popular pretendem ser, na vida da Igreja, expressão de uma mesma fé, esperança e caridade, e, ao mesmo tempo, fomentá-las no coração das pessoas, dos grupos, das comunidades, na diversidade de formas autenticadas posteriormente pela autoridade da Igreja. Como dons do Espírito, não devem estar em conflito, mas confluir para a edificação do Corpo de Cristo, para a encarnação do Reino de Deus no “aqui e agora” (hic et nunc) da história. Abusos e desvios hão de ser discernidos e corrigidos, na certeza de que pelos frutos se conhece a árvore, e igualmente na certeza de que o Senhor deseja dos batizados muito fruto, e frutos que permaneçam.
Neste contexto é preciso resgatar o exato valor das devoções, que deverão sempre estar em processo de purificação e renovação, como de resto toda a vida eclesial, sujeita às vicissitudes dos tempos e às fraquezas humanas. O recente Diretório sobre piedade popular e liturgiaPrincípios e orientações, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (17/11/2001), sublinhou o “primado da liturgia” na vida cristã (n. 11), que se insere no âmbito daquilo que é “necessário” para nossa santificação. Ao mesmo tempo, porém, observa (nn. 7-10) que na vida eclesial há espaço para os “pios exercícios” (expressões públicas ou privadas de piedade cristã calcadas no espírito e na estrutura da Liturgia), para a “piedade popular” (manifestações cultuais derivadas da índole de um povo que tem fé), bem como para as “devoções”. Como entender o conceito de “devoção”? O Diretório assim se expressa:
“No nosso âmbito, o termo vem usado para designar as diversas práticas exteriores (por exemplo: textos de oração e canto; observância de tempos e visita a lugares particulares, insígnias, medalhas, hábitos e costumes), que, animadas por uma atitude interior de fé, manifestam um acento particular da relação do fiel com as Pessoas Divinas, ou com a Beata Virgem (...), ou com os Santos (...)” (n. 8 – destaques nossos). O documento faz referência a outros textos: Concílio de Trento (DS 1821-1825); Pio XII, Encíclica Mediator Dei; SC 104; LG 50.
Vê-se que a Igreja admite a possibilidade de expressões devocionais dirigidas ao Senhor Deus (Pai, Filho e Espírito), focalizando um aspecto particular do Seu inesgotável mistério (ad intra e ad extra); assim, p. ex., temos a devoção ao Pai eterno, à Divina Providência, ao Sangue de Cristo, ao Senhor Bom Jesus, ao “Divino” (Espírito) etc. Se autênticas, brotam de um coração filial e eclesial, uma alma repleta de amor e gratidão, na simplicidade de quem confia não na força de suas palavras, ou na sofisticação das expressões, mas na graça divina. É por isso que o citado Diretório admite que haja uma “devoção à divina misericórdia” (n. 154), que, como outras devoções, deve caminhar estreitamente unida às celebrações litúrgicas da Igreja, sobretudo a Páscoa do Senhor – e que há de nos conduzir a uma profunda atitude de adoração, louvor e ação de graças, súplica e reparação ao Deus Uno e Trino, rico em misericórdia, particularmente ao Coração Divino-Humano do Verbo Encarnado, fonte inesgotável da misericórdia, e a um empenho efetivo em prol dos irmãos e irmãs, particularmente os sofredores, pecadores e agonizantes, através de obras de misericórdia.
Entre os anos 1931-1938 o Senhor se dignou revelar à Santa Faustina algumas novas formas devocionais que pretendem auxiliar o cristão a se aproximar mais e mais do mistério da Divina Misericórdia – o terço, a novena, a hora, a imagem da Divina Misericórdia (esta, uma vez abençoada, torna-se um sacramental), e uma nova celebração litúrgica, a Festa da Divina Misericórdia (aprovada no ano 2000 e enriquecida com especiais indulgências). Podemos falar de “devoção” em relação ao mistério da Divina Misericórdia – que nasce do “culto” e frutifica no “apostolado”. A vida dos santos fala por si mesma – é uma teologia encarnada. Ora, Santa Faustina alimentava a sua vida cristã sobretudo da Sagrada Liturgia (vivia intensamente cada celebração do Ano Litúrgico), mas o Espírito não deixava de suscitar nela as mais variadas expressões devocionais relacionadas a Deus e aos Santos (ao Sagrado Coração de Jesus, à Paixão de Cristo, à sua Morte, a Maria, S. José, S. Miguel Arcanjo, S. Teresinha do Menino Jesus, as “Quarenta Horas” de Adoração – cf. Diário, nn. 40; 93; 150; 667; 914; 948; 1029; 1203; 1388; 1641; 1704; 1774), e de um modo especial ao mistério da Divina Misericórdia.
À guisa de conclusão: “devoção”, em seu genuíno sentido, nada tem que ver como “devocionalismo” vazio, supersticioso, desequilibrado, intimista, sectário. Há expressões exteriores de piedade que pretendem ser uma manifestação das virtudes da fé, esperança e caridade, ao mesmo tempo em que as confirmam e fortalecem. Redento M. Valabek, carmelita, ainda faz notar outra dimensão da autêntica “devoção” cristã: ela pretende indicar “o obséquio e o empenho devido em primeiro lugar a Deus”, ou seja, é uma “atitude habitual/permanente em uma pessoa que, com fervor, prontidão e constância, oferece a Deus o seu serviço expresso em várias formas”, chegando em algumas circunstâncias ao “sacrifício da própria vida” (Dizionario di Mistica, Libr. Editr. Vaticana, 1998, p. 408). Santo Tomás de Aquino, Doutor da Igreja, sublinha que um ato de devoção inclui particularmente a pronta oferta da própria vontade a Deus (cf. S. Th. II-II, q. 82).
Oxalá se multiplique, aqui na terra, o número de devotos da Divina Misericórdia, que, no céu, é a delícia e êxtase dos santos!

Santa Faustina, rogai por nós!
Fonte: Portal da Divina Misericórdia em: http://www.misericordia.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=24&Itemid=64, consultado no dia 07 de julho de 2014, às 01h16.

domingo, 8 de junho de 2014

O Espírito Santo é a solução para nossa vida

A Beata Helena Guerra é Apóstola do Espírito Santo e, ousadamente, escreveu diversas cartas ao Papa Leão XIII. Uma das coisas que ela fez foi dizer ao Santo Padre que o Senhor queria que o século XX fosse consagrado ao Espírito Santo, e o Pontífice o fez.

Anos depois, ao falecer Pio XII, os cardeais estavam na dúvida de quem escolheriam para ser o novo Papa; decidiram-se por um Papa de transição e elegeram João XXIII, que acabou de ser canonizado. O santo conhecido como o “Papa Bom” revolucionou a Igreja, convocando, sem que ninguém esperasse, um Concílio no qual até hoje se ouve falar e se ouvirá.

 A Santa Missa era celebrada de costas para o altar, os padres andavam de batina o tempo todo. Isso foi modificado, mas essas foram as mudanças acidentais. Ainda quando São João XXIII era simplesmente padre, ele visitou uma aldeia e lá verificou que as pessoas se utilizavam dos dons do Espírito Santo. Celebrava-se a Santa Missa e as pessoas ainda permaneciam no local de 15 a 20 minutos em adoração ou rezando uns pelos outros. Ele levou essa experiência por toda a vida. Ao dar início ao Concílio, imagino que Angelo Roncalli quisesse que todos fossem batizados como naquela aldeia.

Anos mais tarde, na Faculdade de Duquesne, nos Estados Unidos, alguns jovens católicos, impulsionados pelo livro “A Cruz e o Punhal” de Davi Wilker, pastor evangélico, começaram a se perguntar por que com os evangélicos aconteciam tantas conversões, tantas manifestações do Espírito e com os católicos não. Por isso aqueles jovens se reuniram para pedir a Deus que acontecesse a mesma coisa com eles. Passaram o fim de semana reunidos e, no domingo pela manhã, uma jovem foi à capela e expôs o Santíssimo Sacramento, quando começou a rezar em línguas. Então, veio outra moça e também começou a rezar da mesma forma; todos os jovens que participavam do encontro começaram a orar assim também. Daí em diante, começaram a se reunir para rezar e surgiram os grupos de oração.

Começando nos Estados Unidos, depois na Europa e foi se espalhando por todo o mundo. No Brasil, essa graça chegou nos anos 70. Perceba que derramamento do Espírito Santo e Concílio Vaticano II estão intimamente ligados. O Papa Leão XIII consagrou o século XX ao Espírito Santo e Ele agiu.

Aqui, no Brasil, havia um padre que passou por uma crise e deixou de rezar. Deus o inspirou e a única oração que ele fazia era a do Espírito Santo. Esse padre era responsável por um grupo de jovens, que também vivia uma crise, certamente em decorrência da crise dele [padre]. Certa vez, esse "padrezinho" convidou o padre Irineu Danelon, hoje cardeal, para ir até aquele grupo e pregar sobre a ação do Espírito Santo na Igreja. O padre responsável pelo grupo de jovens ficou encantado, pois nunca tinha visto aquelas passagens pelo prisma apontado pelo sacerdote amigo. Foi então para a capela e disse a Jesus que era isso que ele queria, dessa ação do Espírito que ele precisava.

Naquela época, haveria um encontro com o padre Haroldo Rahm e esse padre queria muito participar; no entanto, seu superior o havia mandado celebrar missas em outra paróquia. Quando chegou o dia do encontro com padre Haroldo, por providência divina, o superior o mandou ficar e participar do encontro. O padre Haroldo não pôde dizer muita coisa, mas falou do que era Renovação Carismática Católica, do batismo no Espírito Santo e o que estava acontecendo no mundo a partir daqueles acontecimentos. Ao fim, o padre Haroldo impôs as mãos sobre os outros sacerdotes e orou por cada um deles, o que os outros sentiram não sabemos, só sabemos que o "padrezinho" não sentiu nada na hora. Mas, a partir daquela noite, sua vida não foi mais a mesma, ele orou como nunca havia orado antes, tomou um gosto diferente pela Palavra de Deus. Esse padre sou eu.

 Sou fruto da consagração ao Espírito Santo que Leão XIII fez a pedido da Beata Helena Guerra. Desejo que cada um também receba o reavivamento do Espírito Santo. Que não tenhamos a covardia de guardar os dons, que os coloquemos à disposição do próximo. Que cada um utilize dos nove dons do Espírito Santo. Você que, agora, lê esse artigo, receba o Espírito Santo.
É a fortaleza do Espírito que nos fará fortes na tribulação. Que sejamos profundamente carismáticos, cheios dos dons do Paráclito. Oremos pedindo ao Espírito Santo que nos dê sabedoria, ciência, fortaleza, entusiasmo, coragem, eficácia... Que sejamos todos cheios do Espírito para sermos fortes na tribulação.
 
(Pregação: "O Espírito Santo é a solução para nossas vidas ", monsenhor Jonas Abib - Publicado Sexta-Feira, 06 de junho 2014, 15h28)