Novas Comunidades

A Missão Lux et Pax é composta na sua maioria por leigos. Seu carisma se baseia em Anunciar o Evangelho e fazer o Bem por meio da Arte e da Cultura! Compartilhamos aqui duas reportagens na integra do Jornal Santuário de Aparecida Online  tratando um pouco sobre as Novas Comunidades, realidade em que se encaixa a Missão Lux et Pax.

Novas Comunidades auxiliam nos atuais desafios da Igreja
Allan Ribeiro, 05 de Agosto de 2015 às 10h43. Atualizada em 05 de Agosto de 2015 às 13h56.
FONTE: Jornal Santuário de Aparecida
As novas comunidades são uma realidade ainda recente. O Concílio Vaticano II marca esse novo Pentencostes, essa nova primavera na vida da Igreja. A partir de então florescem movimentos em respostas aos desafios da cultura moderna. Os fiéis encontram a possibilidade de vivenciar radicalmente o Evangelho, de se formar na fé cristã, crescer e se comprometer apostolicamente como verdadeiros discípulos missionários.
Para enfrentar o secularismo avassalador dos dias de hoje, os jovens são convidados a viver em comunidade, assim como nos primórdios da Igreja, caminhando da mesma forma que os apóstolos junto ao Mestre.
Sérgio Augusto Galhardo descobriu a vocação
durante um retiro da comunidade Shalom
Foto de: Arquivo Pessoal
Missionário da comunidade Shalom de Aparecida (SP), Sérgio Augusto Galhardo, 33 anos, descobriu o carisma durante um retiro. Depois de um acompanhamento para o discernimento vocacional ele passou a integrar a comunidade. “Encontrei fora de mim aquilo que tinha dentro de mim”, conta o missionário ao relembrar como foi seu primeiro contato com essa realidade.
A ação missionária da Shalom se dedica à evangelização, formação e ao acolhimento aos jovens. A comunidade surgiu de uma lanchonete, que servia como chamariz para atrair o público juvenil, em Fortaleza (CE). Dessa maneira, a Palavra de Deus era levada sutilmente aos jovens.
Galhardo conta que é na vida comunitária que se vive verdadeiramente o Evangelho, de forma fraterna, sendo possível transbordar e levar os ensinamentos de Cristo. Dentre as atividades do missionário estão momentos dedicados à oração, missa diária, terço, formação, entre outros. “A vida em comunidade é fonte de graça. O irmão de comunidade é o lugar que eu encontro a Jesus Cristo”, afirma.
O missionário pertence à comunidade aliança, comprometendo-se com a missão comunitária, ao mesmo tempo em que mantém outras atividades seculares e permanece ao lado dos familiares. Já no modo vida, o membro da uma nova comunidade dedica-se integralmente, vivendo de forma disciplinar com outros missionários.
Algumas das principais características que se constatam na vida daqueles que fazem a experiência da efusão do Espírito Santo, dentro das novas comunidades, são o retorno à oração, o amor à Palavra de Deus, novos laços de espiritualidade, fraternidade e apostolado.
A realidade das novas comunidades é um convite vigoroso a repensar a dimensão comunitária nas paróquias, como afirma presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom Jaime Spengler. O arcebispo metropolitano de Porto Alegre (RS) também coloca que esses novos movimentos são uma oportunidade de rever o modo como usualmente se conduz e se assume o desafio da evangelização, além de abrir mentes e corações para acolher a voz do Espírito que continua suscitando carismas.
“Trata-se de uma realidade bastante recente. É um fenômeno certamente belo constatar o desejo de tantos, de se lançarem mais decididamente no seguimento do Senhor, de poderem viver mais intensamente laços comunitários, de se engajarem na obra da evangelização” ressalta.
Os bispos reunidos em Aparecida (SP), dedicaram-se a estudar essa nova face da Igreja durante a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano (CELAM). No documento é sublinhada a valiosa contribuição dessa realidade para a Igreja local. A Conferência ressalta que os movimentos e novas comunidades são uma oportunidade para que muitas pessoas afastadas possam ter uma experiência de encontro vital com Jesus Cristo e, assim, recuperar sua identidade batismal e sua ativa participação na vida da Igreja.
Dentro dessa realidade, a comunidade Obra de Maria traz um carisma enraizado no amor mariano. Ela tem como missão evangelizar de todas as formas com alegria. Dentre os trabalhos estão a oração do terço nas casas, grupos de oração, congressos nacionais e internacionais, trabalhos com ministério de música, projetos sociais e, principalmente, peregrinações aos santuários do mundo todo.
Alexsandro Torres e a família são membros há 13 anos
da comunidade Obra de Maria
Foto de: Arquivo Pessoal
Há 13 anos que o missionário Alexsandro Torres teve uma experiência de infusão no Espírito Santo, durante uma peregrinação com a comunidade. Após um longo aprofundamento no ministério da vida missionária, ele sentiu-se impulsionado a largar tudo e seguir a Cristo ao lado da esposa. “Tenho alegria de Servir a Deus com toda a minha família, eu, minha esposa e meus quatro filhos. Em nenhum momento olhamos para trás. Pelo contrário, temos a certeza que somos de Deus e estamos no lugar certo, que nos impulsiona ir além”, frisa. 
Os que desejam ingressar na comunidade precisam realizar primeiramente um acompanhamento e participar dos encontros vocacionais durante o ano. Sendo aprovado, o candidato é convidado a fazer uma experiência mais inteiramente como pré-discipulado e discipulado. Depois de três anos de discernimento vocacional, o missionário passa pela primeira consagração e, após cinco anos, o membro realiza os votos perpétuos.
Torres, que atualmente vive em Cachoeira Paulista (SP), pontua que os jovens que sentem o chamado a viver em uma nova comunidade devem aprofundar-se e conhecer o carisma que se busca. Além disso, ele diz que é primordial rezar, pois na oração Deus revela o caminho a ser seguido. “Só se entende a vocação quem é chamado”, coloca.
Fonte: http://www.a12.com/editora-santuario/noticias/detalhes/novas-comunidades-auxiliam-nos-atuais-desafios-da-igreja, acessado em 5 de agosto de 2015, às 22:02 (horário de Brasília).

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Encontro em Belém (PA) reúne jovens de novas comunidades
Deniele Simões, 01 de Julho de 2015 às 11h06. Atualizada em 01 de Julho de 2015 às 13h40.
FONTE: Jornal Santuário de Aparecida Online
Comunidades católicas como a Canção Nova, Shalom, Vida Nova, entre outras, surgiram a partir da abertura aos leigos proposta pelo Concílio Vaticano II.
Grande parte dos membros que deram origem a essas comunidades era composta por jovens, que expandiram seus horizontes inspirados pela vontade de levar a Boa-Nova a mais pessoas.
O crescimento de novas comunidades é algo que marca o atual momento da Igreja Católica e, nesse sentido, aumenta também a preocupação com a formação de lideranças.
Entre os dias 14 e 19 de julho, acontece o II Encontro Nacional de Jovens Líderes dos Movimentos e Novas Comunidades, na cidade de Belém (PA). O evento é uma promoção da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Iniciativa vai debater papel da juventude
na evangelização
Foto de: Reprodução
 Com o tema Saiamos para anunciar a vida de Jesus Cristo e o lema Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15), o encontro terá momentos de formação, missão, atividades culturais e comunhão entre os mais diversos carismas, a fim de refletir sobre a evangelização juvenil no Brasil por meio desses carismas.
Segundo o assessor nacional da Comissão, padre Antônio Ramos do Prado, o padre Toninho, a expectativa é que o encontro fortaleça o aspecto missionário e de comunhão entre as várias expressões juvenis.
A organização do evento espera receber 700 participantes, além de bispos e convidados de todo o país, sendo que cada movimento ou nova comunidade poderá inscrever até 15 jovens líderes da expressão (de 18 a 29 anos), mais dois assessores adultos.
Padre Toninho explica que a cidade de Belém foi escolhida por ser uma das regiões missionárias da Amazônia e também por abrigar o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, um dos mais antigos do país.
De acordo com a organização, os participantes terão a oportunidade de vivenciar dias intensos de atividades no ENJMC. Além da programação, os jovens e assessores conhecerão a realidade da Igreja na Amazônia, as experiências de missões da arquidiocese de Belém, vão participar de shows e saber mais sobre a rica história da capital paraense que, atrai, todos os anos, no mês de outubro, cerca de dois milhões de pessoas para o Círio de Nazaré.
Ainda segundo os organizadores, os dias de encontro serão uma oportunidade para que os jovens troquem experiências e partilhem o carisma do movimento ou nova comunidade a que pertencem.

Aprofundamento da missão
De acordo com padre Toninho, esse encontro tem um caráter mais missionário do que a edição anterior. Acerca do tema e lema, ele ressalta que a ideia é “estar em sintonia com as orientações do Papa Francisco”.
Para padre Toninho, encontro
em Belém ajudará a Pastoral 
Juvenil a conhecer melhor
movimentos e novas 
comunidades existentes no país
Foto de: CNBB

O religioso lembra que os movimentos e novas comunidades têm um papel muito importante na missão evangelizadora da Igreja. “Aprofundar os documentos da Igreja e anunciar e testemunhar o Evangelho, a partir das orientações da Igreja, fugindo do fundamentalismo que seca a vida de muitos jovens na Igreja hoje”, explica. 
Na opinião do sacerdote, a participação dos jovens nas novas comunidades e movimentos tem como objetivo fortalecer a espiritualidade dos mais diversos carismas e ampliar a compreensão que eles têm da Igreja.
Padre Toninho ressalta ainda que o encontro em Belém ajudará a Pastoral Juvenil a conhecer melhores os vários movimentos e novas comunidades da Igreja existentes no país.
Também é uma oportunidade para colocar os jovens a par do Projeto ‘Rota300’”, salienta. O projeto missionário é uma iniciativa da Comissão, em parceria com o Santuário Nacional de Aparecida para celebrar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora nas águas do rio Paraíba do Sul.
Com o tema 300 anos de bênçãos: com a Mãe aparecida, Juventude em Missão, o projeto consiste na peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas dioceses de todo o país, entre 2015 e 2017. Esse projeto vai até 2017.

Novas comunidades
Os ares do Concílio Vaticano II (1962-1965) favoreceram o surgimento das chamadas “novas formas de vida evangélica”, com destaque para os movimentos eclesiais e as comunidades novas, hoje chamadas de novas comunidades.
As novas comunidades têm como base as novas inspirações adaptadas dos Institutos de Vida Consagrada da Igreja Católica. O grande diferencial dessa nova forma de vivenciar a palavra de Deus é a vida comunitária formada por sacerdotes e leigos. São homens e mulheres que trabalham juntos em favor da evangelização.
As primeiras comunidades que adotaram esse modelo surgiram na década de 1970, na França e nos Estados Unidos. No Brasil, começaram a surgir entre as décadas de 1980 e 1990.
Novas comunidades se expandem pelo mundo,
buscando viver o Batismo de modo autêntico
Foto de: Reprodução
Desde então, essas comunidades foram se expandindo pelo mundo, como uma forma nova de as pessoas consagrarem-se a Deus a partir de um carisma e, sob o dom e a radicalidade desse carisma, viverem o Batismo de modo autêntico em um mundo dilacerado pela secularidade.
A maior parte delas é formada por leigos e padres engajados nos projetos de evangelização diocesanos oriundos, em aspecto mais comum, da Renovação Carismática Católica.
As novas comunidades tiveram como ápice a convocação feita pelo então Papa João Paulo II, em 1998, no Vaticano. Reunido com membros de milhares de comunidades de todo o mundo, o Pontífice reconheceu a existência delas, dando um impulso motivador quando as chamou de “nova primavera da Igreja”.
Fonte: http://www.a12.com/editora-santuario/noticias/detalhes/encontro-em-belem-pa-reune-jovens-de-novas-comunidades, acessado em 5 de agosto de 2015, às 22:49 (horário de Brasília).

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