sexta-feira, 8 de março de 2019

Eis o tempo propício: Tempo da Quaresma - O que nos ensina a Palavra de Deus sobre este tempo de graças!

Tempo da Quaresma
Imagem: Internet
“Eis o Tempo de Conversão, eis o dia da salvação, ao Pai cantemos, juntos exaltemos, eis o tempo de conversação”

Este canto resume o Tempo da Quaresma e também nos aponta o caminho espiritual que devemos trilhar para bem viver este tempo e colher suas bênçãos e frutos! Para ajudar melhor viver este Tempo, trazemos uma breve reflexão sobre as três práticas chaves, recomendadas, sobretudo, neste tempo, mas que não deve ser praticadas só durante estes 40 dias, dado o significado do número 40 que você irá encontrar neste artigo. Boa Leitura!

O número 3 é um número simbólico recorrente várias vezes na Bíblia: três são as pessoas da Santíssima Trindade, três são as maiores virtudes (esperança, fé e caridade), três são os anos de ministério de Jesus, três são os dias que Jesus permaneceu na morada dos mortos, ressuscitando ao terceiro dia! Na Natureza, naquilo que Deus criou, vemos a predominância do número 3, características próprias dadas pelo seu Criador que é trino: na música: harmonia, ritmo e tempo; na física: altura, dimensão e profundidade; no tempo: passado, presente e futuro e assim por diante.
Também são 3 práticas principais que a Igreja nos recomenda na Quaresma: ORAÇÃO, JEJUM e CARIDADE! Neste texto iremos estudar e meditar sobre cada prática.

ORAÇÃO
Leia Lucas 4, 1-13 e texto complementar Marcos 1, 12-13.

Constantemente podemos nos esbarrar com este pensamento, "vocês só ficam na Igreja rezando, não trabalham não? Não se divertem?", são pessoas que acreditam que a oração seja uma perca de tempo. Para entender a importância da oração recorramos ao texto do Evangelho que estamos refletindo. Um primeiro elemento/símbolo dado é o DESERTO onde Jesus fica 40 dias. Assim, o Evangelho recorda a travessia do povo de Israel no deserto após ser liberto da escravidão do Egito. As Sagradas Escrituras nos diz que o Povo sob a liderança de Moisés levou 40 anos para fazer esta travessia do Deserto. Deserto significa a ausência de vida, a aridez de nossa vida, as dificuldades, simboliza também o silêncio ou retiro. Retiro é um tempo de reflexão, um momento de pararmos e refletir sobre nossa vida, como estamos vivendo? O que estou fazendo de certo ou errado? As decisões que estou tomando ou devo tomar? Aí o significado da QUARESMA.
Vejamos, aqui nos é apresentado outro símbolo, o número 40, que como os 40 anos ou 40 dias representa o tempo de Deus que é o Kairós - 1 dia pode ser 1 ano para Deus, como mil podem ser apenas 1 segundo. Também simboliza a TOTALIDADE ou o TODO, portanto, significa dizer, no caso de Jesus que em TODA a sua vida Ele foi tentado! Não quer dizer que apenas ele foi tentado no tempo em que ficou no deserto! Também, significa que basta este exemplo para falar de toda a sua vida, por exemplo, quantas coisas um escritor fez em sua vida, mas ele é recordado muitas vezes por um livro que escreveu.
Também nós somos tentados pelo pecado em toda a nossa vida. O Bom Jesus, se fez um como como nós, viveu como nós, se submeteu à condição humana para nos deixar o exemplo, contudo, o que nos difere do Mestre é que Ele não cometeu pecado nenhum!
A totalidade do número 40 associado ao símbolo do deserto recorda que toda a nossa vida deve ser este deserto, uma travessia, como a caminhada do Povo de Israel. Significa que toda nossa vida deve ser está reflexão, este retiro espiritual. Portanto, falar de Oração não significa falar apenas do Pai Nosso, da Ave Maria, de levantar as mãos, de ajoelhar-se, significa também que nossa vida deve ser uma constante oração/oblação para vencer os pecados que no Evangelho lido são três, aqui a referência novamente ao número 3.
Veja a palavra ORAÇÃO é a junção de dois radicais: ORAR + AÇÃO. A vida começa com a oração, passa pela oração e termina com a oração, ela deve ser toda Oração. Quantas vezes acordo, me levanto, passo todo o meu dia e depois vou dormir sem fazer minha oração, falar com Deus? É estranho um cristão que chama Deus de Pai e não ter esta intimidade com Ele, é a mesma coisa que um filho que mora com o pai sair de casa voltar e não falar nem um "oi" para ele. Oração é falar com Deus, amizade com Ele. 
Sabe porque muitas vezes não alcanço a vitória? É porque não rezo, não falo com Deus, tomo uma decisão sem parar para pensar, não coloco Deus à frente! Quando você vai fazer alguma coisa, qual é sua primeira atitude?
Como sugestão, sugerimos a você, ao acordar rezar a Oração do "Vinde Espírito Santo", desta forma começar assim o seu dia. Esta era um prática do papa São João Paulo II, um conselho de seu pai quando ele era uma criança.
Para encerrar esta parte, analisemos um trecho de uma música, já que falamos de deserto, Povo de Israel, se você souber cante: 

"Também sou teu povo, Senhor, e estou nesta estrada/ Somente a tua graça me basta e mais nada".

JEJUM
Leia Mateus 6,1-18.

Jejum também conhecido como sacrifício ou penitência é prática antiga, encontramos exemplos já no Antigo Testamento, como o profeta Elias, em São João Batista e entre os primeiros cristãos.
É recorrente escutar de muitos católicos: "Deus não quer sacrifícios e sim a misericórdia". Deus não pode contradizer a tua palavra. Desculpe-nos dizer, mas o católico que pensa e age assim está dando uma desculpa, é o cristão de conveniência, ou seja, fazer ou que é conveniente, aquilo que "me convém", "que gosto de fazer". Nada de esforços. Será que estou agindo certo, como bom católico? Católico que usa este versículo "Deus quer a misericórdia e não o sacrifício" de forma incorreta, para justificar uma tibieza, um conforto espiritual, não compreende o que o Mestre nos quer ensinar.
Muitos levam a oração apenas para o lado do pedido e da intercessão, abusando até muitas vezes, só lembrando de pedir, deixando de fazer sua parte! Quantos usam Deus como amuleto mágico, como o gênio da lâmpada apenas para atender os seus desejos, vontades e pedidos. É aí que mora a raiz da descrença e do abandono. Se Deus faz o milagre tudo bem, mas se não faz é fanfarrão, não existe. Lembra-te da passagem do Evangelho que Jesus foi levado a presença do rei Herodes e este lhe pediu um milagre para ele ver, como se Jesus fosse estes mágicos que apresentam seus números em shows apenas para entretenimento, fazendo disso um espetáculo. Como atualmente, nós vemos estes espetáculos! Recordemos as palavras do Divino Mestre: "Está geração adúltera e perversa pede um sinal, eu lhes digo: não será dado outro sinal do aquele do profeta Jonas".
Vejamos o que nos testemunha o missionário Lux et Pax  Raphael Araújo: "sou  católico apostólico romano, mas foi com uma irmã evangélica que aprendi o valor do Jejum! Ela me disse: 'quer alguma coisa? Quer alcançar uma bênção? Dobre o seus joelhos, reze e faça jejum!'. Não é qualquer oração, é uma oração fervorosa, não aquela que multiplica as palavras, mas que é espontânea e que nasce no coração. Não estou aqui discutindo qual denominação cristã é a verdadeira ou não e sim a experiência de fé dos cristãos. Se sou católico e escutei uma evangélica, sendo que isto se aprende já na minha igreja é assunto para outra conversa, aliás prefiro ficar com a frase do Pe. Zezinho, scj: 'Meu irmão que reza diferente, mas que tem a mesma fé no Deus Verdadeiro' e que por isso posso aprender, mesmo nas diferenças, com o testemunho e experiência de vida de cada cristão."
Parece que se está repetindo o tema oração, mas oração e jejum andam juntas, o jejum é o complemento de oração. Devemos aprender que a oração e o jejum são aliados para poder se vencer a batalha espiritual. Sim, trata-se de uma guerra, a oração e o jejum são nossas armas O jejum é a espada e a oração é o escudo! Não se trata de uma guerra contra homens e sim uma guerra espiritual e, a fé é o alimento e base desta oração e jejum. 
Vania uma mãe católica, deu este testemunho um dia: "minha filha que é evangélica, pode frequentar uma igreja que não concordo de ela ir lá, mas ela me surpreende com sua fé, todos os dias de manhã ela ora de joelhos ao pé da cama, fervorosamente e muitas vezes fala palavras de fé, como esta: 'Deus vai fazer'".
A oração é alimento espiritual, com ela nos alimentamos da Palavra de Deus, ou seja, escuto o que Ele me diz e também respondo quando falo com Ele. Já o jejum nos ensina o valor do sacrifício. Se Deus atende alguns de nossos pedidos devemos render ação de graças, mas se Ele não nos atende, devemos ser maduros suficientes espiritualmente, assim adquirimos sabedoria na vida!
Vejamos o exemplo de Moisés: enquanto o exército de Israel sob o comando de Josué combatia o exército de Amalec, Moisés com as mãos levantadas intercedia pelo seu exército. Enquanto ele mantinha as mãos levantadas o seu exército vencia, mas quando ele as abaixava era o oponente que vencia. Foi então que colocaram pedras debaixo dos braços de Moisés para apoia-los e assim o exército de Israel venceu. Moisés rezava e os braços levantados era o sacrifício. Este trecho nos fala da constância, da insistência e nos recorda outra passagem: os apóstolos rezavam incessantemente com Maria e foi assim que eles receberam o Espírito Santo. Se queres alcançar alguma coisa, lembra do que nos ensina Jesus em Marcos 9, 14-29.  Aqui um ensinamento de Santa Teresa de Calcutá nos ajuda muito: "se acreditas que rezou o suficiente, reze mais".
Nossa Senhora em suas aparições recomendou o sacrifício, no caso de Fátima, ela recomendou fazer penitência, no entanto, teve o cuidado materno de pedir a São Francisco Marto, um dos pastorinhos videntes, que não exagerasse. Deus não pede nada além de nossas capacidades físicas. Um sacrifício é como uma dieta, como exercícios físicos para emagrecer, mas não podemos exagerar, fazer conforme suportamos. Deus não quer que nos machuquemos, mas não significa que não devemos deixar de fazer o jejum, isto é muito importante de se dizer, não significa deixar de praticar o jejum! Quando falarmos de Caridade/Esmola vamos entender o versículo citado anteriormente: "Quero a misericórdia e não o sacrifício", Deus nos recomenda o jejum, mas do que adianta o jejum se não agimos com amor e misericórdia?
Lembremos que o Mandamento da Igreja nos pede a abstinência de carne na quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa! Durante alguns dias da Quaresma, como as quartas e sextas será bom também fazer esta abstinência.
O jejum significa os sacrifícios cotidianos de cada dia, oferecer nossas dificuldades cotidianas é uma forma de jejum. O sacrifício é fazer a vontade de Deus, não a minha vontade, não aquilo que me convém, aquilo que acho certo ou gosto! Significa também o arrependimento sincero do coração, a conversão dos nossos pecados, mudança de vida, ir até o sacerdote e confessar nossos pecados, nos arrepender deles e mudar de vida! Ir na Igreja e participar  do Sacrifício da Santa Missa é um sacrifício da nossa parte, é fazer a vontade de Deus. Nesta quarta-feira o símbolo desta penitência e mudança de vida são as cinzas.
Mas fazer jejum não significa motivo de tristeza. Depois do carnaval, alguns vê a Quarta-feira de cinzas como nostalgia, dia de luto, ressaca. Jesus é quem preenche o vazio interior que carnaval e alegria do mundo nenhuma consegue preencher. Ele é a verdadeira felicidade, pois Ele é a própria felicidade que procuramos. Veja o que nos diz o Evangelho que estamos meditando: "quando fizeres jejum, não vos apresentai com o semblante triste, pelo contrário põe a melhor roupa e passa perfume na cabeça". Isto significa também dizer que diante das dificuldades da vida não devemos ficar com o semblante triste, reclamar dos problemas, pelo contrário.
Sorrir enquanto se está triste? Louvar a Deus pelas dificuldades? Sim, São Paulo nos ensina: "Alegrai-vos em todas circunstâncias, repito: Alegrai-vos". A oração de louvor e agradecimento nos ensina muito e é de grande poder. Santa Tereza de Calcutá não permitia que nenhuma de suas irmãzinhas saísse do convento para a missão sem ter um sorriso no rosto!
Não podia terminar sem falar do maior sacrifício que nos dá vida e salvação: a Morte de Jesus na Cruz. Nestes dias que antecede a Páscoa o convidamos você olhar com devoção para o crucifixo.
Sugestões de sacrifícios para esta Quaresma que nos ajudará a ver que jejum não se faz somente na Quaresma: desligar um pouco a televisão, durante o programa favorito para rezar; recitar o terço de Nossa Senhora; rezar a Via Sacra; 15 minutos de adoração diante de Jesus Sacramentado; procurar o sacerdote para uma boa confissão; praticar uma obra de misericórdia (ler próximo paragrafo falando sobre a esmola); não contar mentiras ou fofocas e tantos outros jejuns.

ESMOLA
Leia Mateus 25, 31-46 e texto complementar Mt 6, 1-4.

Esmola também conhecida como Caridade ou Obra de Misericórdia, vejamos do que se trata.
Se você leu as últimos dois capítulos em que falamos sobre as práticas da Quaresma, Oração e Jejum, irá perceber que conforme se foi desenvolvendo a reflexão houve como que uma repetência dos assuntos, enfatizando desta forma que o tripé de prática espiritual para a Quaresma - Oração, Jejum e Esmola - estão uma relacionada com a outra, uma complementado a outra, quase que se misturando, apesar de formar um todo, cada qual apresenta suas particularidades que se somam as particularidades das outras.
Esmola para alguns tem uma conotação negativa, ou seja, trata-se aqui de subestimar o sentido desta prática. Relacionamos esmola como resto, como algo indigno. Há aqueles que pensam que basta apenas dar esmola aos pobres para assim poder entrar no céu.
Primeiramente, devemos lembrar que esmola, trata-se de uma ajuda aquele que necessita. Não é apenas ajudar materialmente, vai além. Jesus pede no Evangelho que demos preferência, principalmente, aos pobres. Se levarmos em conta a questão do dinheiro, veremos que quem precisa de esmolas é o pobre. Porém, se esmola vai além do quesito material, então entendemos que também o rico precisa de nossa esmola. Quantos ricos não precisam de uma escola espiritual? 
Para entender melhor, vejamos o que o Papa Francisco nos ensinou: "a Igreja Católica não é uma ONG e os cristãos católicos não são voluntários!" A esmola aqui não deve ser subentendido apenas como assistencialismo, esmola é um gesto de caridade e caridade não é "fazer caridade", mas amar! Aqui o sentido da  esmola: o Amor! Caridade vem da palavra em latim "caritas" (lê-se cáritas) significa amor, bondade, compaixão, indulgência, perdão, já a palavra em latim vem do grego e neste idioma tem um significado especial: graça, ou seja, dar esmolas ou fazer caridade ao próximo como nos ensina os Santos Evangelhos é amar que é uma graça de Deus!
Para uma palavra quero chamar tua atenção: COMPAIXÃO, com+paixão, paixão é dor, sofrimento, quando falamos de compaixão estamos querendo dizer de sentir a tristeza, a dor do outro, sofrer seu sofrimento, ajudá-lo a passar por isto, ajudá-lo a carregar a sua cruz.
Observe que caridade, voltando ao tema jejum, também pode ser subentendido como um ato de sacrifício: amar o próximo, que pode ser de vários modos, visitar um família carente, um idoso, ajudar as vítimas de uma tragédia, dar conselhos, também orar pelos que fazem o mal, perdoar aqueles que nos ofenderam, apenas para citar alguns exemplos. A esmola, portanto, é um gesto concreto de oração e jejum, pois "do que adianta a fé sem as obras?" (cf. São Tiago, apóstolo e Santo Antônio de Pádua).
Também costumo dizer que caridade, agir de compaixão, é se fazer "fraco com os fracos" (São Paulo, apóstolo), mas isto não significa rebaixar sua dignidade, é questionável, por exemplo, se fazer morador de rua para ajudar um morador de rua, se não tenho dignidade, como vou dar dignidade ao outro? É como dois cegos, um não pode conduzir o outro. Devo sim me fazer amigo dos necessitados, mas para ajudá-los a se levantar.
Depois de dizer tudo isso vamos chegando a conclusão que dar esmola não pode se resumir a dar esmola por dar, ajudar apenas financeiramente, mas dar dignidade, ajudar o próximo se levantar. Bom seria você ler a Parábola do Bom Samaritano (ver Lc 10,25-37) para melhor assimilar o que estamos vendo. Cuidado com muitas noções de cunho da doutrina espírita que diz que fazer caridade é para alcançar a purificação individual, o Evangelho que estamos estudando contradiz este conceito, o que a mão direita faz a esquerda não fique sabendo. Não entraremos no céu sem ajudar o próximo a se levantar. Nosso passaporte para o céu é o irmão que ajudamos, entraremos no céu se estivermos de mãos dadas com o próximo, é a espiritualidade da cruz: uma cruz tem duas hastes, uma na vertical outra na horizontal, a vertical lembra o relacionamento do homem com Deus e a horizontal do homem com o seu semelhante! Também recorda aquilo que meditamos na quinta estação da Via Sacra a ajuda do Cirineu a Jesus levar a cruz!
Quantos sacrificam suas vidas para fazer o bem, ajudar o próximo. Em tempos tão difíceis, em que nos deparamos com tantos atos de ódio e mal, que estes grandes heróis da fé nos ajude a resgatar a esperança, que vale a pena fazer o bem, que no meio de um mundo cheio de exemplos de maldade podemos também fazer o bem, pois o bem sempre triunfará, afinal.
Esmola é por em prática, como ato concreto, o mandamento que nos pede: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo"!
Como gesto concreto de caridade, a Igreja do Brasil nos propõe a Campanha da Fraternidade (CF), que neste ano trata sobre políticas públicas. Todos participamos deste processo político e com uma boa política pública construímos um país melhor para todos. Peçamos então a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil, que nos auxilie a entender o tema da CF deste ano e nos ajude a viver melhor esta Quaresma para que produza frutos na nossa vida, frutos que ajude nossa comunidade eclesial e as pessoas dispersas pelo mundo.

Cantemos: "Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão..."

Que em tudo seja o Bom Deus Glorificado!
Deus a/o abençoe!